quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Quando a vontade surgiu

Não sei precisar quando a vontade de ter um filho surgiu. Na verdade, sempre encarei esta possibilidade como algo natural, que ocorreria em um dado momento da vida. Mas na prática, o tempo foi passando, outras prioridades foram surgindo e o plano de ter um filho foi ficando de lado. A carreira, depois um emprego novo e o MBA, uma fase mais difícil financeiramente... Até que numa das consultas ao ginecologista, fiquei alarmada ao descobrir alguns miomas em meu útero. O alerta era que se eu quisesse ter filhos, deveria tentar antes que os miomas cresessem e dificultassem. Fiquei preocupada, na época, e passei a tomar ácido fólico, esperando engravidar a qualquer momento. E assim, passaram-se mais 3 anos.
Há uns 5 meses, resolvemos procurar um especialista. Foi quando conhecemos o Dr. Arnaldo. Então, descobri (depois de uma histerossalpingografia) que além dos miomas, eu tinha um pólipo (que foi extraído às vésperas do Natal) e umas trompas complicadas... Dr. Arnaldo as comparou com uma ponte: as minhas estavam capengas, precisando de reforma, enquanto o meu marido já não tinha uma condição muito boa, apenas razoável (revelado no espermograma). Havia 2 alternativas: consertar a ponte (através de uma cirurgia mais invasiva) ou partir para a FIV (fertilização in vitro). Nesta última alternativa, a ponte não seria necessária; meu marido usaria um helicóptero para atravessar o rio. Pensei: muito mais prático! Foi então que optamos pela FIV.
 
Desde a decisão, meu marido e eu ainda relutamos um pouco. Tentamos mais outras vezes com mais afinco, mas não tivemos sucesso. Queríamos evitar os altos custos, os prováveis efeitos colaterais dos medicamentos e das injeções... e as desculpas que vou ter que dar no trabalho para justificar as minhas ausências.

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